Escrito por Dr. Bruno Moreno (D.O.) | @brunogdmoreno
Você já se perguntou se o seu corpo é frágil ou resistente?
Muita gente tende a pensar: “meus ossos são fortes, mas meus músculos são mais frágeis”.
Essa lógica parece fazer sentido, mas quando falamos de sistemas biológicos, ela não se sustenta.
O corpo humano não é uma máquina
Diferente de uma peça mecânica, que se desgasta conforme o uso, o corpo humano é antifrágil.
Isso significa que precisamos de estresse, esforço, impacto e treinamento para nos adaptar e ficar mais fortes.
É exatamente o que acontece:
- Com os músculos durante o exercício;
- Com os ossos em atividades de impacto;
- Com o sistema imunológico quando enfrenta agentes externos.
Ou seja: desafios fortalecem o organismo.
O mito do repouso absoluto
Ainda existe a ideia de que repouso é a melhor resposta para dores ou diagnósticos como hérnia de disco e artrose.
Mas a ciência mostra justamente o contrário: o que realmente ajuda é o movimento, aliado a estímulos progressivos e ao processo de adaptação.
Sintomas não são inimigos
Dor, desconforto ou limitação nem sempre significam doença.
Muitas vezes, são sinais de reorganização do corpo – mensagens de que o organismo está se ajustando para lidar melhor com as demandas do dia a dia.
O papel do fisioterapeuta
Nesse cenário, o fisioterapeuta não apenas “trata somente a dor”, mas guia o processo de adaptação:
- Dosando estímulos;
- Propondo exercícios adequados;
- Ajudando o paciente a recuperar funções.
O objetivo é claro: que cada pessoa termine o tratamento mais forte, preparada e adaptada às exigências da sua rotina.